quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Raízen investe no plantio de sorgo sacarino em Goiás

Plantio experimental de 92 hectares em Jataí mostra resultados animadores para a próxima safra

O que antes servia para a produção de ração, agora é fonte de etanol e açúcar. A Raízen, empresa resultante da união entre Cosan e Shell, começa a investir no plantio de sorgo sacarino para a produção de etanol e açúcar a partir desta safra. A empresa já colhe os resultados dos primeiros testes feitos em julho de 2011 na Unidade Jataí, em Goiás, e considera os produtos extraídos da planta como alternativa para o período de entressafra da cana-de-açúcar.

O plantio experimental ocupa uma área de 92 hectares e já obtém resultados bastante promissores, levando em conta o fato de o sorgo ter sido plantado em um período fora da sua safra usual. O teste foi realizado para que fossem analisados a cultura, seu desenvolvimento e possíveis pragas.

O ATR (Açúcar Total Recuperável) do sorgo é de aproximadamente 90, ante 120 da cana. Apesar da produtividade do sorgo ser inferior ao da cana, o tempo entre o plantio e a colheita da cana é menor: enquanto o primeiro fica pronto para ser processado em 110 dias, a cana demora, no mínimo, 12 meses.

O projeto é comprar matéria prima dos produtores locais que são responsáveis pelo cultivo e a Raízen colhe e processa o grão, extraindo açúcar para produção de etanol. “Ambas as partes estão muito motivadas com o novo plantio e acreditamos que o sorgo pode ser uma ótima alternativa para evitar a queda brusca da produtividade na entressafra. Com ele, podemos ampliar os dias de funcionamento da usina, que não sofre modificações significativas com o sorgo”, afirma João Saccomano, gerente de polo agrícola da Raízen em Jataí.

A expectativa é de que já na próxima safra o plantio de sorgo sacarino atinja mil hectares e uma produtividade de 50 toneladas por hectare. Com um rendimento industrial esperado de em 60 litros de etanol por tonelada de sorgo, a produção deve ser iniciada com 3 mil litros de etanol por hectare.

RAÍZEN – Empresa resultante do processo de integração dos negócios da Shell e Cosan, a Raízen está entre as cinco maiores companhias do Brasil em faturamento. Tem valor de mercado estimado em R$ 20 bilhões e cerca de 40 mil funcionários, posicionando-se como uma das mais competitivas na área de energia sustentável no mundo. Com 24 usinas, a Raízen responde por uma produção de 2,2 bilhões de litros de etanol por ano, 4,4 milhões de toneladas de açúcar e têm 900 MW de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A Raízen possui 53 terminais de distribuição e comercializará aproximadamente 21 bilhões de litros para os segmentos de transporte e indústria e para a sua rede formada por 4.500 postos de serviço com as marcas Shell e Esso.

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